sábado, 11 de junho de 2011

Desisto

Queria encontrar a essência da vida enquanto estivesse ainda na plenitude da existência. Para então, quem sabe, compreender o significado do significante.
E talvez, com sorte, ainda conseguisse transcrever, em plenas faculdades mentais, o que uma vez sonhou a mente insana que deita e descansa no âmago da loucura.
Como eu gostaria de poder dizer o que foi visto por um par de olhos trêmulos e embriagados!
Racionalmente desenhar a abstração, com detalhes dos traços incertos que conduzem a história de um sonhador.
Num romance de Zola, numa epopéia de Homero, num soneto de Camões... Sim, neles é possível observar claramente as marcas de uma inspiração angelical.
E neste pobre texto, sem autor nem esperança, encontram-se apenas as cicatrizes de fúteis tentativas de alcançar a palavra.
E poderia até ser inexistente esse conjunto de idéias, mas ainda está marcado pelas cicatrizes.
Assim como a dor nos lembra que estamos vivos, a marca deixada por ela nos faz lembrar que somos reais, que aquele momento escondido na memória foi real.
Não se pode almejar ser grande, quando o que se espera de si mesmo é pequeno.
Não é necessário impor limites nos desejos. Eles foram criados para serem infinitos, sem causa, sem começo.
E loucos são aqueles que acreditam ser possível alcançá-los.
Afinal, aqui estou eu, procurando uma maneira de manter a minha "doença psicológica" enquanto tantos outros, desesperadamente, procuram por uma saída.
Sim, sou louca!
Para quê ser pensante e científico, quando a felicidade se encontra no campo do irracional?
Não quero ser mais um "cadáver adiado" que perambula pelos subúrbios das entranhas do mundo.
Não quero ter consciência do meu futuro.
Não, prefiro vagar sem destino, respirando o aroma da liberdade que essa loucura oferece.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sede de Palavras



A folha de papel está vazia
Me pede um verso, um rabisco, uma canção
Mas como posso escrever a poesia
Se me falta a palavra e a inspiração?

O pedaço de papel rasgado
Implora por um esboço, uma nota qualquer
Um poema, assim, inacabado
Um pensamento que de repente vier

A caneta, ansiosa, espera
Espera cada vez mais impaciente
Enquanto o papel se desespera
Para absorver a tinta ardente

A mão trêmula, obediente
Está ligada ao cérebro, como se fossem um só
Transcrevendo o que vem à mente
No momento em que o fogo virou pó

Mas não surgem idéias
A criatividade abandonou a imaginação
Fundiram-se as Odisséias
Que Homero contou numa canção

Mas por onde andaram
As notas que eu ia cantar?
Por onde passaram
Antes de se afogarem no mar?

Me abandonaram os versos
Já não querem mais voltar
Vagaram por outros Universos
Ajudaram estrelas a brilhar

Mas a folha de papel ainda está vazia
Me pedindo palavras que eu não posso dar
Como posso escrever a poesia
Se não tenho mais voz para cantar?

Old Song



Through your eyes I can see the world
Through your soul I can find the words
For my poetry
You're my most beautiful dream
And when you smile my heart beats
So strong I can't breath
And when you kiss me
My life becomes a fairytale
All stars whisper and tell
The end of the story
My dreams, they all come true...
...when I see you
But there must to be a mistake
I can't believe you aren't fake...
'Cause my life now
Is so much better than fiction
I can't understand how
You've become my new addiction
You make my life become a fairytale
All stars whisper and tell
The end of the story
My dreams, they all come true...
...when I kiss you
It's a dream
This cannot be real
I can't describe what I feel
You come out from my dreams
You're my angel without wings
My wishes they all come true...
...when I dream with you